segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O que é Diabetes

O diabetes mellitus caracteriza-se pelo excesso de açúcar no sangue, causado por uma redução na produção ou na atividade da insulina – hormônio fabricado pelo pâncreas, com importante papel na transformação dos alimentos em energia. Como conseqüência, o açúcar da alimentação não é transformado em energia e acumula-se no sangue, sendo eliminado de forma anormal pela urina.
Existem dos tipos de Diabetes: a do tipo 1 e do tipo 2
Diabetes tipo 1
De 5% a 10% dos casos de diabetes são do tipo 1, que começa mais freqüentemente na infância e adolescência (no passado era chamado de “diabetes juvenil”), mas, na verdade, pode surgir em qualquer idade.
Os indivíduos com esse tipo de diabetes são chamados insulinodependentes, porque não sobrevivem se não receberem a reposição de insulina por meio do medicamento. A insulina somente é administrada sob a forma injetável, pois seria destruída pelos ácidos do estomago se ingerida por via oral.
Diabetes tipo 2
É a forma mais comum de diabetes, presente em cerca de 90% dos casos. Seu início se dá geralmente em adultos (mas não necessariamente), com muito mais freqüência em pessoas obesas e forte influência da hereditariedade. Nesses casos, o problema principal não começa pela escassez de insulina, mas por sua dificuldade em estimular os receptores celulares. A obesidade é a situação mais comum em que ocorre essa dificuldade na interação da insulina com seus receptores, daí a propensão dos obesos para desenvolver esse tipo de diabetes.
A reposição de insulina por meio de medicamento, como ocorre no diabetes tipo 1, não é vital no tipo 2. Na verdade, a maioria dos indivíduos com o tipo 2 não precisa ser tratada com insulina no início do quadro, bastando dieta, exercícios físicos e eventualmente uma medicação oral. Daí a designação “não insulinodependente”. Porém, há casos de pacientes que, na evolução da doença, precisarão tomar insulina para atingir um grau de compensação adequado, em virtude do caráter progressivo do defeito na secreção da insulina pelo pâncreas.
Tratamento
O indivíduo com diabetes conviverá com a doença durante toda a sua vida. Para que essa convivência ocorra de forma adaptada é importante que ele e as pessoas que o cercam procurem conhecer o máximo possível sobre a doença. É importante também que o indivíduo procure desenvolver seu autoconhecimento, não só em relação ao padrão de flutuação e reações da sua glicemia ante os diversos fatores que podem modificá-la, mas também quanto às reações de seu organismo como um todo às várias demandas da vida diária.
A auto monitoração das taxas de glicose é o recurso mais importante para a obtenção do autoconhecimento em diabetes. Ela pode ser feita pela urina, mas esse é um método limitado. A forma mais eficiente se dá por meio de uma gota de sangue obtida da ponta dos dedos. Há vários sistemas miniaturizados, compostos de tiras reagentes, aparelhos para obter a gota de sangue, aparelhos para ler as tiras, calibradores etc., facilmente encontrados no mercado especializado, de baixo custo e operação simples. Sempre que se utilizar a auto monitoração da glicemia deve-se confrontar periodicamente o resultado do teste com uma dosagem feita no laboratório no mesmo momento, para ter certeza de que os resultados são confiáveis. Deve-se também lembrar que as taxas de cetonas na urina são igualmente monitoráveis por meio de tiras e que esse é um recurso que todo paciente diabético interessado em se cuidar deve ter à mão para usar em situações especiais.



Prevenção
A melhor forma de prevenir as complicações do diabetes é manter as glicemias o mais próximo possível da faixa de variação normal e manter um estilo de vida saudável. Essa é a chamada prevenção primária das complicações.
Existem exames capazes de avaliar se o controle das taxas de glicose é satisfatório em longo prazo: a dosagem de hemoglobina glicosilada, de frutosamina ou de proteínas glicosiladas no sangue. Se essas dosagens encontram-se dentro da faixa normal, conclui-se que a saturação de glicose em todos os setores do organismo também está. Contudo, se o controle perfeito das taxas de glicemia não puder ser mantido o tempo todo por algum motivo, deve-se sempre ter em mente que qualquer grau de esforço nesse sentido estará ajudando a reduzir o aparecimento das complicações.
Há outra forma de prevenir as complicações do diabetes, exercendo aquilo que se convencionou chamar de prevenção secundária. Esta compreende uma vigilância periódica sobre os setores do organismo mais propícios às complicações e a adoção de medidas corretivas ao mais leves sinal de problemas.
É nesse sentido que o tratamento do diabetes, além dos esforços para manter as glicemias bem controladas, deve envolver exames do fundo de olho para verificar a retina, das funções renais, da sensibilidade e da forma de apoiar os pés e do estado da circulação nos diversos segmentos do organismo, entre outros. Alguns exemplos de medidas preventivas adotadas quando se percebe o início de alguma complicação do diabetes nessa vigilância periódica são: a aplicação de raios laser na retina, os cuidados com os pés (inspeção diária, higiene da pele e unhas, meias e calçados adequados, palmilhas especiais etc.), o uso de medicamentos para as disfunções renais e circulatórias, para a hipertensão ou para o excesso de gorduras no sangue e até cirurgias para refazer a circulação num determinado órgão.
Em suma, para viver uma vida saudável e sem problemas, o indivíduo diabético deve exercer com todo seu empenho uma tarefa que todos deveriam cumprir, mas que para ele é ainda mais importante: cuidar-se!


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