sexta-feira, 29 de outubro de 2010

OBESIDADE



A obesidade é caracterizada pela acumulação excessiva de gordura corporal com potencial prejuízo à saúde, decorrente de vários fatores sejam esses genéticos ou ambientais, como padrões dietéticos e de atividade física ou ainda fatores individuais de suscetibilidade biológica, entre muitos outros, que interagem na etiologia da patologia define obesidade como um excesso de gordura corporal acumulada no tecido adiposo, com implicações para a saúde.
A Obesidade é uma condição complexa de dimensões sociais, biológicas e psicossociais consideráveis, podendo eventualmente afetar qualquer pessoa de qualquer idade ou grupo socioeconômico, em qualquer parte do mundo. Nesta realidade, a Obesidade é, hoje, considerada uma epidemia. A epidemia do séc. XXI. Os números não deixam espaço para grandes dúvidas. Em 2005, as estimativas mundiais, da OMS, indicavam que cerca de 150 milhões de adultos europeus sejam obesos em 2010.
A Obesidade é já encarada como a maior desordem nutricional nos países ocidentais, a OMS declarou-a como o maior problema não reconhecido de saúde pública que a sociedade, dos nossos dias, enfrenta. Mas esta epidemia não afeta apenas os países desenvolvidos, nos países em vias de desenvolvimento tem-se registrado um crescimento significativo de pessoas com excesso de peso e obesas.
Nos adultos considera-se existir obesidade quando a MG ultrapassa os 20% da massa corporal, nos homens, e 30% nas mulheres. No que diz respeito aos jovens, os do sexo masculino são considerados obesos quando a MG ultrapassa os 20% e os do sexo feminino quando a MG atinge os 30% A MG aumenta com a idade. No sexo feminino torna-se maior após a puberdade.A MG quer se trate da população em geral ou de desportistas, nunca deve ser inferior a 9% nas mulheres e a 5 % nos homens.
O que causa a obesidade?
O excesso de gordura resulta de sucessivos balanços energéticos positivos, em que a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia dispendida. Os fatores que determinam este desequilíbrio são complexos e podem ter origem genética, metabólica, ambiental e comportamental. Uma dieta hiperenergética, com excesso de gorduras, de hidratos de carbono e de álcool, aliada a uma vida sedentária, leva à acumulação de excesso de massa gorda.
Existem provas científicas que sugerem haver uma predisposição genética que determina, em certos indivíduos, uma maior acumulação de gordura na zona abdominal, em resposta ao excesso de ingestão de energia e/ou à diminuição da atividade física.
Quais são os fatores de risco?
• Vida sedentária - quanto mais horas de televisão, jogos eletrônicos ou jogos de computador, maior a prevalência de obesidade;
• Zona de residência urbana - quanto mais urbanizada é a zona de residência maior é a prevalência de obesidade;
• Grau de informação dos pais - quanto menor o grau de informação dos pais, maior a prevalência de obesidade;
• Fatores genéticos - a presença de genes envolvidos no aumento do peso aumenta a suscetibilidade ao risco para desenvolver obesidade, quando o indivíduo é exposto a condições ambientais favorecedoras, o que significa que a obesidade tem tendência familiar;
• Gravidez e menopausa podem contribuir para o aumento do armazenamento da gordura na mulher com excesso de peso.
Que consequências para a saúde acarreta a obesidade?
• Aparelho cardiovascular - hipertensão arterial, arteriosclerose, insuficiência cardíaca congestiva e angina de peito;
• Complicações metabólicas - hiperlipidémia, alterações de tolerância à glicose, diabetes tipo 2, gota;
• Sistema pulmonar - dispneia (dificuldade em respirar) e fadiga, síndrome de insuficiência respiratória do obeso, apneia de sono (ressonar) e embolismo pulmonar;
• Aparelho gastrintestinal - esteatose hepática, litíase vesicular (formação de areias ou pequenos cálculos na vesícula) e carcinoma do cólon;
• Aparelho genito-urinário e reprodutor - infertilidade e amenorreia (ausência anormal da menstruação), incontinência urinária de esforço, hiperplasia e carcinoma do endométrio, carcinoma da mama, carcinoma da próstata, hipogonadismo hipotalâmico e hirsutismo;
• Outras alterações - osteartroses, insuficiência venosa crónica, risco anestésico, hérnias e propensão a quedas.
A obesidade provoca também alterações socio-económicas e psicossociais:
• Discriminação educativa, laboral e social;
• Isolamento social;
• Depressão e perda de auto-estima.
Como se previne a obesidade?
• Dieta alimentar equilibrada;
• Atividade física regular;
• Modo de vida saudável.

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