As vacinas são utilizadas para prevenir doenças. Elas são compostas de partes de vírus ou bactérias ou ainda do próprio vírus ou bactéria mortos ou enfraquecidos e faz com que nosso organismo produza defesa contra eles. Desta forma, se um destes organismos infectar o nosso corpo, esta defesa será acionada e não desenvolveremos aquela doença.
Estas substâncias são velhas conhecidas, mas a vacinação ficou famosa com as campanhas de vacinação contra a varíola, que acabaram eliminando esta doença do planeta. No Brasil, a prevenção de doenças sempre foi uma preocupação importante para a saúde pública. Lembrando que “prevenir sempre é melhor do que remediar”, foi criado um programa nacional para que as vacinas mais importantes fossem oferecidas para toda a população, independentemente da condição social ou econômica.
O Programa Nacional de Imunizações completou 31 anos em 2004, e tem diversos motivos para comemorar. Os impactos positivos das ações contra a Poliomielite e as estratégias dos dias nacionais de vacinação fizeram com que a Organização Mundial de Saúde nos premiasse com o Certificado de Erradicação da Poliomielite, em 1994, e que fosse recomendado a outros países que adotassem estratégias como as nossas.
Atualmente, além de ampliar as vacinas oferecidas, o programa de imunizações também implantou vacinação em adultos, principalmente nas mulheres e nos idosos de 65 anos ou mais. Recentemente, a vacina contra hepatite B também foi introduzida no programa para os pacientes menores de 19 anos.
O município de São Paulo segue todas as recomendações do Programa Nacional de Imunizações. E, recentemente, deu início ao processo de implantação da vacinação contra hepatite B e tuberculose nas maternidades para que a criança receba a vacina nas primeiras horas de vida, conforme indicação do Programa Nacional.
Com o aumento das vacinas disponíveis, surgiu o problema do número de injeções que os bebês receberiam no primeiro ano de vida. Começaram a surgir vacinas combinadas que imunizam contra várias doenças em uma picada só. O Brasil não ficou para trás, e aplica a vacinação tetravalente, uma combinação da vacina tríplice bacteriana com a vacina contra Haemophilus influenzae.
Nós também nos desenvolvemos na fabricação de vacinas. Atualmente, a maior parte das vacinas aplicadas na população são produzidas em nosso país, grande porcentagem delas no Instituto Butantã, na cidade de São Paulo. As vacinas transformaram muitas doenças da infância em memórias distantes, mas têm-se tornado vítima do seu próprio sucesso. Com o desaparecimento de uma doença pela vacinação em massa, a sua ameaça parece menos real e, os efeitos colaterais, mesmo leves, acabam sendo ressaltados. Além disso, novidades sempre causam medos e demoram para serem aceitas. Desde o início de sua existência, a vacinação sempre foi uma atividade rodeada de mitos e dúvidas, algumas delas muito comuns
Esclarecimentos sobre a Vacinação
Quem toma uma vacina pode pegar a doença?
Nos casos das vacinas fabricadas com vírus ou bactérias vivas enfraquecidas, como é ó caso da vacina contra catapora, sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, poliomielite oral e tuberculose (BCG), se o indivíduo vacinado estiver com comprometimento do sistema imunológico muito importante (defesa muito fraca), o que só acontece em determinadas doenças, ele pode desenvolver a infecção pela vacina. Por este motivo estas pessoas não devem receber estas vacinas e recebem vacinas especiais. As outras vacinas em que os vírus ou bactérias são mortos (como é o caso tríplice, da tetra, das vacinas contra o hemophilus hepatite B, Hepatite A, pneumococo, meningococo, e da gripe) pegar a doença é impossível.
Receber muitas vacinas “enfraquece” o organismo?
Não. Nosso organismo é dotado de uma defesa que funciona de uma forma sensacional. Nossa imunidade é específica, ou seja, cada organismo que pode nos infectar tem seus próprios soldadinhos de defesa. E o nosso corpo tem uma capacidade sensacional de produzir estes soldadinhos. Portanto cada vacina que recebemos estimula a produção de um tipo específico de soldados, e o nosso corpo tem capacidade para produzir vários exércitos ao mesmo tempo.
As vacinas têm efeitos colaterais?
Todas as substâncias podem causar efeitos colaterais. Mesmo o shampoo que utilizamos para lavar os cabelos, os cremes para o rosto, um remédio para febre, todos podem interagir com o nosso organismo e provocar efeitos que não eram esperados.
No caso das vacinas é claro que esta preocupação com estes eventos é maior ainda, já que ela é feita em pessoas saudáveis. No entanto uma vacina só é liberada para uso quando é muito segura, ou seja, quando sua eficácia é alta e os efeitos colaterais mínimos. A maioria das vacinas pode causar incômodos como dor no local da aplicação, febre, às vezes mal estar. De qualquer forma estes sintomas são leves e passam em até 48 horas. Os efeitos colaterais graves são muito raros.
Para que a ocorrência de uma doença diminua ou até para que ela desapareça, não adianta vacinar algumas pessoas. A vacinação tem que ser “em massa”, ou seja, a população tem que ser vacinada. O Brasil, sabendo disso, desenvolveu um programa sério e acessível a todos para evitar estas doenças na nossa população. Nosso programa Nacional de Imunizações é um dos mais completos do mundo, para algumas vacinas, atinge uma porcentagem da população maior do que, por exemplo, o programa americano. Com o governo fazendo a sua parte, a população tem que colaborar comparecendo nas Unidades Básicas de Saúde para receber todas as vacinas indicadas! Sem falta e sem atraso, fazendo valer o nosso direito de cidadão!
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
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