O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagista e os riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra.
Fatores de Risco
Os fatores que podem levar ao cânce r de boca são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas.
Sintomas
O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado.
Prevenção e Diagnóstico Precoce
Pessoas com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.
Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa). O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.
Exame Clínico da Boca
O exame rotineiro da boca feito por um profissional de saúde pode diagnosticar lesões no início, antes de se transformarem em câncer. Pessoas com mais de 40 anos que fumam e bebem devem estar mais atentas e ter sua boca examinada por profissional de saúde (dentista ou médico) pelo menos uma vez ao ano.
Tratamento
A cirurgia e/ou a radioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos).
As lesões iniciais são aquelas restritas ao seu local de origem e que não apresentam disseminação para gânglios linfáticos do pescoço ou para órgãos à distância. Mesmo lesões iniciais da cavidade oral, principalmente aquelas localizadas na língua e/ou assoalho de boca, podem apresentar disseminação subclínica para os gânglios linfáticos cervicais em 10% a 20% dos casos. Portanto, nestes casos, pode ser indicado o tratamento cirúrgico ou radioterápico eletivo do pescoço.
Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, independentemente da radioterapia. Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos 'gânglios'), é indicado o esvaziamento cervical do lado comprometido. Nestes casos, o prognóstico é afetado negativamente.
A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, que permitiu largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, ainda são grandes e o prognóstico dos casos, intermediário. A quimioterapia associada à radioterapia é empregada nos casos mais avançados, quando a cirurgia não é possível. O prognóstico, nestes casos, é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de se controlar totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Vacinação
As vacinas são utilizadas para prevenir doenças. Elas são compostas de partes de vírus ou bactérias ou ainda do próprio vírus ou bactéria mortos ou enfraquecidos e faz com que nosso organismo produza defesa contra eles. Desta forma, se um destes organismos infectar o nosso corpo, esta defesa será acionada e não desenvolveremos aquela doença.
Estas substâncias são velhas conhecidas, mas a vacinação ficou famosa com as campanhas de vacinação contra a varíola, que acabaram eliminando esta doença do planeta. No Brasil, a prevenção de doenças sempre foi uma preocupação importante para a saúde pública. Lembrando que “prevenir sempre é melhor do que remediar”, foi criado um programa nacional para que as vacinas mais importantes fossem oferecidas para toda a população, independentemente da condição social ou econômica.
O Programa Nacional de Imunizações completou 31 anos em 2004, e tem diversos motivos para comemorar. Os impactos positivos das ações contra a Poliomielite e as estratégias dos dias nacionais de vacinação fizeram com que a Organização Mundial de Saúde nos premiasse com o Certificado de Erradicação da Poliomielite, em 1994, e que fosse recomendado a outros países que adotassem estratégias como as nossas.
Atualmente, além de ampliar as vacinas oferecidas, o programa de imunizações também implantou vacinação em adultos, principalmente nas mulheres e nos idosos de 65 anos ou mais. Recentemente, a vacina contra hepatite B também foi introduzida no programa para os pacientes menores de 19 anos.
O município de São Paulo segue todas as recomendações do Programa Nacional de Imunizações. E, recentemente, deu início ao processo de implantação da vacinação contra hepatite B e tuberculose nas maternidades para que a criança receba a vacina nas primeiras horas de vida, conforme indicação do Programa Nacional.
Com o aumento das vacinas disponíveis, surgiu o problema do número de injeções que os bebês receberiam no primeiro ano de vida. Começaram a surgir vacinas combinadas que imunizam contra várias doenças em uma picada só. O Brasil não ficou para trás, e aplica a vacinação tetravalente, uma combinação da vacina tríplice bacteriana com a vacina contra Haemophilus influenzae.
Nós também nos desenvolvemos na fabricação de vacinas. Atualmente, a maior parte das vacinas aplicadas na população são produzidas em nosso país, grande porcentagem delas no Instituto Butantã, na cidade de São Paulo. As vacinas transformaram muitas doenças da infância em memórias distantes, mas têm-se tornado vítima do seu próprio sucesso. Com o desaparecimento de uma doença pela vacinação em massa, a sua ameaça parece menos real e, os efeitos colaterais, mesmo leves, acabam sendo ressaltados. Além disso, novidades sempre causam medos e demoram para serem aceitas. Desde o início de sua existência, a vacinação sempre foi uma atividade rodeada de mitos e dúvidas, algumas delas muito comuns
Esclarecimentos sobre a Vacinação
Quem toma uma vacina pode pegar a doença?
Nos casos das vacinas fabricadas com vírus ou bactérias vivas enfraquecidas, como é ó caso da vacina contra catapora, sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, poliomielite oral e tuberculose (BCG), se o indivíduo vacinado estiver com comprometimento do sistema imunológico muito importante (defesa muito fraca), o que só acontece em determinadas doenças, ele pode desenvolver a infecção pela vacina. Por este motivo estas pessoas não devem receber estas vacinas e recebem vacinas especiais. As outras vacinas em que os vírus ou bactérias são mortos (como é o caso tríplice, da tetra, das vacinas contra o hemophilus hepatite B, Hepatite A, pneumococo, meningococo, e da gripe) pegar a doença é impossível.
Receber muitas vacinas “enfraquece” o organismo?
Não. Nosso organismo é dotado de uma defesa que funciona de uma forma sensacional. Nossa imunidade é específica, ou seja, cada organismo que pode nos infectar tem seus próprios soldadinhos de defesa. E o nosso corpo tem uma capacidade sensacional de produzir estes soldadinhos. Portanto cada vacina que recebemos estimula a produção de um tipo específico de soldados, e o nosso corpo tem capacidade para produzir vários exércitos ao mesmo tempo.
As vacinas têm efeitos colaterais?
Todas as substâncias podem causar efeitos colaterais. Mesmo o shampoo que utilizamos para lavar os cabelos, os cremes para o rosto, um remédio para febre, todos podem interagir com o nosso organismo e provocar efeitos que não eram esperados.
No caso das vacinas é claro que esta preocupação com estes eventos é maior ainda, já que ela é feita em pessoas saudáveis. No entanto uma vacina só é liberada para uso quando é muito segura, ou seja, quando sua eficácia é alta e os efeitos colaterais mínimos. A maioria das vacinas pode causar incômodos como dor no local da aplicação, febre, às vezes mal estar. De qualquer forma estes sintomas são leves e passam em até 48 horas. Os efeitos colaterais graves são muito raros.
Para que a ocorrência de uma doença diminua ou até para que ela desapareça, não adianta vacinar algumas pessoas. A vacinação tem que ser “em massa”, ou seja, a população tem que ser vacinada. O Brasil, sabendo disso, desenvolveu um programa sério e acessível a todos para evitar estas doenças na nossa população. Nosso programa Nacional de Imunizações é um dos mais completos do mundo, para algumas vacinas, atinge uma porcentagem da população maior do que, por exemplo, o programa americano. Com o governo fazendo a sua parte, a população tem que colaborar comparecendo nas Unidades Básicas de Saúde para receber todas as vacinas indicadas! Sem falta e sem atraso, fazendo valer o nosso direito de cidadão!
Estas substâncias são velhas conhecidas, mas a vacinação ficou famosa com as campanhas de vacinação contra a varíola, que acabaram eliminando esta doença do planeta. No Brasil, a prevenção de doenças sempre foi uma preocupação importante para a saúde pública. Lembrando que “prevenir sempre é melhor do que remediar”, foi criado um programa nacional para que as vacinas mais importantes fossem oferecidas para toda a população, independentemente da condição social ou econômica.
O Programa Nacional de Imunizações completou 31 anos em 2004, e tem diversos motivos para comemorar. Os impactos positivos das ações contra a Poliomielite e as estratégias dos dias nacionais de vacinação fizeram com que a Organização Mundial de Saúde nos premiasse com o Certificado de Erradicação da Poliomielite, em 1994, e que fosse recomendado a outros países que adotassem estratégias como as nossas.
Atualmente, além de ampliar as vacinas oferecidas, o programa de imunizações também implantou vacinação em adultos, principalmente nas mulheres e nos idosos de 65 anos ou mais. Recentemente, a vacina contra hepatite B também foi introduzida no programa para os pacientes menores de 19 anos.
O município de São Paulo segue todas as recomendações do Programa Nacional de Imunizações. E, recentemente, deu início ao processo de implantação da vacinação contra hepatite B e tuberculose nas maternidades para que a criança receba a vacina nas primeiras horas de vida, conforme indicação do Programa Nacional.
Com o aumento das vacinas disponíveis, surgiu o problema do número de injeções que os bebês receberiam no primeiro ano de vida. Começaram a surgir vacinas combinadas que imunizam contra várias doenças em uma picada só. O Brasil não ficou para trás, e aplica a vacinação tetravalente, uma combinação da vacina tríplice bacteriana com a vacina contra Haemophilus influenzae.
Nós também nos desenvolvemos na fabricação de vacinas. Atualmente, a maior parte das vacinas aplicadas na população são produzidas em nosso país, grande porcentagem delas no Instituto Butantã, na cidade de São Paulo. As vacinas transformaram muitas doenças da infância em memórias distantes, mas têm-se tornado vítima do seu próprio sucesso. Com o desaparecimento de uma doença pela vacinação em massa, a sua ameaça parece menos real e, os efeitos colaterais, mesmo leves, acabam sendo ressaltados. Além disso, novidades sempre causam medos e demoram para serem aceitas. Desde o início de sua existência, a vacinação sempre foi uma atividade rodeada de mitos e dúvidas, algumas delas muito comuns
Esclarecimentos sobre a Vacinação
Quem toma uma vacina pode pegar a doença?
Nos casos das vacinas fabricadas com vírus ou bactérias vivas enfraquecidas, como é ó caso da vacina contra catapora, sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, poliomielite oral e tuberculose (BCG), se o indivíduo vacinado estiver com comprometimento do sistema imunológico muito importante (defesa muito fraca), o que só acontece em determinadas doenças, ele pode desenvolver a infecção pela vacina. Por este motivo estas pessoas não devem receber estas vacinas e recebem vacinas especiais. As outras vacinas em que os vírus ou bactérias são mortos (como é o caso tríplice, da tetra, das vacinas contra o hemophilus hepatite B, Hepatite A, pneumococo, meningococo, e da gripe) pegar a doença é impossível.
Receber muitas vacinas “enfraquece” o organismo?
Não. Nosso organismo é dotado de uma defesa que funciona de uma forma sensacional. Nossa imunidade é específica, ou seja, cada organismo que pode nos infectar tem seus próprios soldadinhos de defesa. E o nosso corpo tem uma capacidade sensacional de produzir estes soldadinhos. Portanto cada vacina que recebemos estimula a produção de um tipo específico de soldados, e o nosso corpo tem capacidade para produzir vários exércitos ao mesmo tempo.
As vacinas têm efeitos colaterais?
Todas as substâncias podem causar efeitos colaterais. Mesmo o shampoo que utilizamos para lavar os cabelos, os cremes para o rosto, um remédio para febre, todos podem interagir com o nosso organismo e provocar efeitos que não eram esperados.
No caso das vacinas é claro que esta preocupação com estes eventos é maior ainda, já que ela é feita em pessoas saudáveis. No entanto uma vacina só é liberada para uso quando é muito segura, ou seja, quando sua eficácia é alta e os efeitos colaterais mínimos. A maioria das vacinas pode causar incômodos como dor no local da aplicação, febre, às vezes mal estar. De qualquer forma estes sintomas são leves e passam em até 48 horas. Os efeitos colaterais graves são muito raros.
Para que a ocorrência de uma doença diminua ou até para que ela desapareça, não adianta vacinar algumas pessoas. A vacinação tem que ser “em massa”, ou seja, a população tem que ser vacinada. O Brasil, sabendo disso, desenvolveu um programa sério e acessível a todos para evitar estas doenças na nossa população. Nosso programa Nacional de Imunizações é um dos mais completos do mundo, para algumas vacinas, atinge uma porcentagem da população maior do que, por exemplo, o programa americano. Com o governo fazendo a sua parte, a população tem que colaborar comparecendo nas Unidades Básicas de Saúde para receber todas as vacinas indicadas! Sem falta e sem atraso, fazendo valer o nosso direito de cidadão!
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Leptospirose
O que é
É doença infecciosa, uma zoonose, causada por uma série de bactérias de aspecto muito peculiar lembrando um saca – rolhas, chamada leptospira. A forma mais grave da doença e com mais alta mortalidade é associada ao Leptospira icterohaemorrhagiae, chamada, com mais propriedade, doença de Weil.
Como se adquire?
A infecção humana na maioria das vezes está associada ao contato com água, alimentos ou solo contaminados pela urina de animais portadores do leptospira. As bactérias são ingeridas ou entram em contato com a mucosa ou pele que apresentem solução de continuidade. Os animais classicamente lembrados são os roedores, mas bovinos, eqüinos, suínos, cães, e vários animais selvagens são responsabilizados pela difusão da doença. A contaminação entre pessoas doentes é absolutamente rara.
O que se sente?
A doença é classicamente descrita como se mostrando em duas fases distintas. Após um período médio de 2 semanas desde a contaminação surgem os primeiros sintomas (incubação) febre, calafrio, conjuntivite, dor nos músculos (mialgia), fotofobia (incômodo na presença da luz), dor de garganta, gânglios no pescoço, estes sintomas vagos permanecem por 3 a 7 dias. Quando parece que está chegando à cura, recrudescem as queixas. A piora é secundária à disseminação da doença, agora com envolvimento de vários órgãos e do sistema vascular. Surgem novos e importantes sintomas icterícia (amarelão) e hemorragia que dão nome à própria bactéria (Leptospira icterohaemorrhagiae), no maior número de casos a doença é autolimitada, persistindo por 1 a 3 semanas. A moléstia pode ser mortal em 5 a 20% dos casos principalmente em idosos. A morte se dá freqüentemente por insuficiência renal.
Como se faz o diagnóstico?
A suspeita clinica, mialgia (dores musculares), febre e conjuntivite, acrescidas da possibilidade de contato com: água, alimentos, vísceras, solo, etc. contaminados por animais que estejam excretando leptospira, principalmente o contato com urina de roedores autorizam a investigação laboratorial. A leptospira pode ser isolada do sangue ou do líquor nos primeiros 10 dias da doença; da urina a partir da segunda semana onde persiste por 30 dias ou mais. As técnicas de cultura são demoradas e difíceis. Anticorpos podem ser identificados sorologicamente durante ou após há segunda semana. De maneira geral estes testes são realizados em laboratórios oficiais.
Como se previne?
A leptospirose é problema de saúde pública. A imunização de animais domésticos está indicada de rotina. A falta de controle dos ratos e as más condições de vida da população estão ligados à maioria dos casos no Brasil. Algumas profissões (agricultores, trabalhadores em abatedouros, caçadores, veterinários, lenhadores, pessoas que trabalham em esgotos, em arrozais e militares), têm tal risco de pegar a doença que tanto a vacinação humana como os usos profiláticos de antibióticos podem ser indicados.
É doença infecciosa, uma zoonose, causada por uma série de bactérias de aspecto muito peculiar lembrando um saca – rolhas, chamada leptospira. A forma mais grave da doença e com mais alta mortalidade é associada ao Leptospira icterohaemorrhagiae, chamada, com mais propriedade, doença de Weil.
Como se adquire?
A infecção humana na maioria das vezes está associada ao contato com água, alimentos ou solo contaminados pela urina de animais portadores do leptospira. As bactérias são ingeridas ou entram em contato com a mucosa ou pele que apresentem solução de continuidade. Os animais classicamente lembrados são os roedores, mas bovinos, eqüinos, suínos, cães, e vários animais selvagens são responsabilizados pela difusão da doença. A contaminação entre pessoas doentes é absolutamente rara.
O que se sente?
A doença é classicamente descrita como se mostrando em duas fases distintas. Após um período médio de 2 semanas desde a contaminação surgem os primeiros sintomas (incubação) febre, calafrio, conjuntivite, dor nos músculos (mialgia), fotofobia (incômodo na presença da luz), dor de garganta, gânglios no pescoço, estes sintomas vagos permanecem por 3 a 7 dias. Quando parece que está chegando à cura, recrudescem as queixas. A piora é secundária à disseminação da doença, agora com envolvimento de vários órgãos e do sistema vascular. Surgem novos e importantes sintomas icterícia (amarelão) e hemorragia que dão nome à própria bactéria (Leptospira icterohaemorrhagiae), no maior número de casos a doença é autolimitada, persistindo por 1 a 3 semanas. A moléstia pode ser mortal em 5 a 20% dos casos principalmente em idosos. A morte se dá freqüentemente por insuficiência renal.
Como se faz o diagnóstico?
A suspeita clinica, mialgia (dores musculares), febre e conjuntivite, acrescidas da possibilidade de contato com: água, alimentos, vísceras, solo, etc. contaminados por animais que estejam excretando leptospira, principalmente o contato com urina de roedores autorizam a investigação laboratorial. A leptospira pode ser isolada do sangue ou do líquor nos primeiros 10 dias da doença; da urina a partir da segunda semana onde persiste por 30 dias ou mais. As técnicas de cultura são demoradas e difíceis. Anticorpos podem ser identificados sorologicamente durante ou após há segunda semana. De maneira geral estes testes são realizados em laboratórios oficiais.
Como se previne?
A leptospirose é problema de saúde pública. A imunização de animais domésticos está indicada de rotina. A falta de controle dos ratos e as más condições de vida da população estão ligados à maioria dos casos no Brasil. Algumas profissões (agricultores, trabalhadores em abatedouros, caçadores, veterinários, lenhadores, pessoas que trabalham em esgotos, em arrozais e militares), têm tal risco de pegar a doença que tanto a vacinação humana como os usos profiláticos de antibióticos podem ser indicados.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Dengue
O que é a Dengue
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.
Tipos de Dengue
Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2 e 3. A dengue de tipo 4 foi identificada apenas na Costa Rica.
Formas de apresentação
A dengue pode se apresentar – clinicamente - de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.
- Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.
- Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.
Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.
- Dengue Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
- Síndrome de Choque da Dengue
Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
A prevenção é a única arma contra a doença.
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.
Tipos de Dengue
Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2 e 3. A dengue de tipo 4 foi identificada apenas na Costa Rica.
Formas de apresentação
A dengue pode se apresentar – clinicamente - de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.
- Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.
- Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.
Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.
- Dengue Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
- Síndrome de Choque da Dengue
Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
A prevenção é a única arma contra a doença.
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Hanseníase
O que é?
A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica (muito longa) causada pelo Mycobacterium leprae, microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois a doença pode ser tratada e curada.
A transmissão se dá de indivíduo para indivíduo, por germes eliminados por gotículas da fala e que são inalados por outras pessoas penetrando o organismo pela mucosa do nariz. Outra possibilidade é o contato direto com a pele através de feridas de doentes. No entanto, é necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação, como a convivência de familiares na mesma residência. Daí a importância do exame dos familiares do doente de hanseníase.
A maioria da população adulta é resistente à hanseníase, mas as crianças são mais susceptíveis, geralmente adquirindo a doença quando há um paciente contaminante na família. O período de incubação varia de 2 a 7 anos e entre os fatores predisponentes estão o baixo nível sócio-econômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica. Devido a isso, a doença ainda tem grande incidência nos países subdesenvolvidos.
Manifestações clínicas
As formas de manifestação da hanseníase dependem da resposta imune do hospedeiro ao bacilo causador da doença. Esta resposta pode ser verificada através do teste de Mitsuda, que não dá o diagnóstico da doença, apenas avalia a resistência do indivíduo ao bacilo. Um resultado positivo significa boa defesa, um resultado negativo, ausência de defesa e um resultado duvidoso, defesa intermediária. Temos então, as seguintes formas clínicas da doença:
Hanseníase indeterminada: forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos e para as outras formas da doença em cerca de 25% dos casos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com diminuição da sensibilidade. Mais comum em crianças.
Hanseníase tuberculóide: forma mais benigna e localizada, ocorre em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e um pouco elevados e com ausência de sensibilidade (dormência). Ocorrem alterações nos nervos próximos à lesão, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular.
Hanseníase borderline (ou dimorfa): forma intermediária que é resultado de uma imunidade também intermediária. O número de lesões é maior, formando manchas que podem atingir grandes áreas da pele, envolvendo partes da pele sadia. O acometimento dos nervos é mais extenso.
Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa): nestes casos a imunidade é nula e o bacilo se multiplica muito, levando a um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele (nódulos). Órgãos internos também são acometidos pela doença.
A hanseníase pode apresentar períodos de alterações imunes, os estados reacionais. Na hanseníase borderline, as lesões tornam-se avermelhadas e os nervos inflamados e doloridos. Na forma virchowiana, surge o eritema nodoso hansênico: lesões nodulares, endurecidas e dolorosas nas pernas, braços e face, que se acompanham de febre, mal-estar, queda do estado geral e inflamação de órgãos internos. Estas reações podem ocorrer mesmo em pacientes que já terminaram o tratamento, o que não significa que a doença não foi curada.
Tratamento
A hanseníase tem cura. O tratamento da hanseníase no Brasil é feito nos Centros Municipais de Saúde (Postos de Saúde) e os medicamentos são fornecidos gratuitamente aos pacientes, que são acompanhados durante todo o tratamento.
A duração do tratamento varia de acordo com a forma da doença: 6 meses para as formas mais brandas e 12 meses para as formas mais graves.
A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica (muito longa) causada pelo Mycobacterium leprae, microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois a doença pode ser tratada e curada.
A transmissão se dá de indivíduo para indivíduo, por germes eliminados por gotículas da fala e que são inalados por outras pessoas penetrando o organismo pela mucosa do nariz. Outra possibilidade é o contato direto com a pele através de feridas de doentes. No entanto, é necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação, como a convivência de familiares na mesma residência. Daí a importância do exame dos familiares do doente de hanseníase.
A maioria da população adulta é resistente à hanseníase, mas as crianças são mais susceptíveis, geralmente adquirindo a doença quando há um paciente contaminante na família. O período de incubação varia de 2 a 7 anos e entre os fatores predisponentes estão o baixo nível sócio-econômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica. Devido a isso, a doença ainda tem grande incidência nos países subdesenvolvidos.
Manifestações clínicas
As formas de manifestação da hanseníase dependem da resposta imune do hospedeiro ao bacilo causador da doença. Esta resposta pode ser verificada através do teste de Mitsuda, que não dá o diagnóstico da doença, apenas avalia a resistência do indivíduo ao bacilo. Um resultado positivo significa boa defesa, um resultado negativo, ausência de defesa e um resultado duvidoso, defesa intermediária. Temos então, as seguintes formas clínicas da doença:
Hanseníase indeterminada: forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos e para as outras formas da doença em cerca de 25% dos casos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com diminuição da sensibilidade. Mais comum em crianças.
Hanseníase tuberculóide: forma mais benigna e localizada, ocorre em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e um pouco elevados e com ausência de sensibilidade (dormência). Ocorrem alterações nos nervos próximos à lesão, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular.
Hanseníase borderline (ou dimorfa): forma intermediária que é resultado de uma imunidade também intermediária. O número de lesões é maior, formando manchas que podem atingir grandes áreas da pele, envolvendo partes da pele sadia. O acometimento dos nervos é mais extenso.
Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa): nestes casos a imunidade é nula e o bacilo se multiplica muito, levando a um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele (nódulos). Órgãos internos também são acometidos pela doença.
A hanseníase pode apresentar períodos de alterações imunes, os estados reacionais. Na hanseníase borderline, as lesões tornam-se avermelhadas e os nervos inflamados e doloridos. Na forma virchowiana, surge o eritema nodoso hansênico: lesões nodulares, endurecidas e dolorosas nas pernas, braços e face, que se acompanham de febre, mal-estar, queda do estado geral e inflamação de órgãos internos. Estas reações podem ocorrer mesmo em pacientes que já terminaram o tratamento, o que não significa que a doença não foi curada.
Tratamento
A hanseníase tem cura. O tratamento da hanseníase no Brasil é feito nos Centros Municipais de Saúde (Postos de Saúde) e os medicamentos são fornecidos gratuitamente aos pacientes, que são acompanhados durante todo o tratamento.
A duração do tratamento varia de acordo com a forma da doença: 6 meses para as formas mais brandas e 12 meses para as formas mais graves.
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